sábado, 16 de abril de 2011

Gesso, o material versátil se tornou onipresente no lar

Rapidez, beleza e praticidade: essas são algumas das qualidades oferecidas pelo gesso em projetos de interiores. Versátil, o material é comercializado em duas versões – em placas ou acartonado (com estrutura metálica interna) – e pode ser usado em praticamente qualquer parte da casa, do teto ao banheiro e serve para moldar sancas, delimitar ambientes ou esconder fiações. “Em um local que já tenha o piso, é possível criar um ambiente inteiro de gesso”, garante a arquiteta e urbanista Adriana Pestana.
Como as placas são lisas, o acabamento é idêntico ou até mesmo superior ao feito de alvenaria. O material tem ainda algumas vantagens extras. Na forma acartonada, por exemplo, ele pode ter revestimento de lã de vidro e funcionar como ótimo isolante acústico e térmico. “Nesse caso, há um vão entre a placa e a lã, que impede a passagem de som de um ambiente para o outro”, explica Adriana.
Além das paredes e das sancas, o material é comumente usado para moldar tetos de banheiros. A manutenção simples permite que eventuais vazamentos e problemas de tubulação sejam resolvidos sem reformas traumáticas. O gesseiro Gilvan Lourenço da Silva explica que essa parte da casa exige um material especial, com aditivos hidrofugantes, à prova de umidade. Depois de instalado, o gesso leva ainda uma mão de tinta impermeabilizante, que garante a durabilidade da obra. 
O gesso desempenha ainda um importante papel no acabamento de projetos, já que é perfeito para disfarçar vigas e fios de iluminação. “Com o forro de gesso, podemos direcionar a luz para onde quisermos, pois ele propicia a passagem de tubos”, explica a designer de interiores Ana Claudia Cavalcanti.
Apesar de todos esses aspectos positivos, o gesso também exige alguns cuidados. Ana Claudia alerta que o material não é muito resistente às intempéries dos ambientes externos. Além disso, antes da pintura, é essencial esperar a secagem completa do gesso – que deve ser feita com tinta especial, para que não ocorram manchas amareladas nas placas. Para lugares com o pé direito baixo, de até 2,5m, a arquiteta e urbanista Gabriela Rocha Müller recomenda prudência no uso do material. “É preciso preservar o pé direito do ambiente, senão fica inviável”, alerta.

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